Outras maneiras de dizer o amor - parte I

O amor deixou um vazio

até hoje não ocupado,

quando despencou do peito.

O coração, anos a fio,

foi ficando abandonado,

desarrumado, rarefeito.

A alma perdeu seu sentido,

deu nó, liquefez, deu defeito.

E o corpo, foi ficando diluído,

todo ele, morto, apodrecido,

local mal assombrado...

O amor, esse guri rebeldio,

tantas vezes irresponsável,

ora até o senhor do cio,

completamente afável.

As vezes assim, o amor, se faz,

feito o que não se entende,

corredor que segue sem final,

folião de carnaval,

lição que não se aprende.

A boca em saudade aos beijos,

totalmente se mudou...

a falta fez isso,

sem o desejo do sorriso, se calou

O amor, esse bólido,

foi para o mundo...

O corpo, que inerte

ao sentimento,

nada sólido,

não compete,

não é altruísta,

nem um segundo

ao intento da dor.

O amor, esse aventureiro,

é turista

no corpo de quem for

14/01/2019

15h48min

Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 14/01/2019
Reeditado em 24/02/2020
Código do texto: T6550844
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