Catedral
Além da palavra na boca, no papel o segredo,
Nas entranhas das línguas nuas
Ruge seu vermelho a íntima linha de dentro do peito;
Como uma pedra, cio, e mais a saliva tua na minha,
te expulso do verso, do verbo e da poesia
Renasce em mim, no meu seio, consumada pele e palavra!
Pela posse contínua o mar me caça, meu bem!
Silencioso, como a alma que só se move e morre, me perco mar, amando!!