FOLHAS VERDES DAS ÁRVORES

FOLHAS VERDES DAS ÁRVORES

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Folhas verdes das árvores nas ruas abandonadas,

Por multidões a todas as calçadas ocupadas,

Com coincidências de uns encontros em vão,

Olhos que passam entre as trancas oportunizados pelos vãos.

Das lembranças de um tempo ultrapassado pelo vento a valão,

Dos tiros que barulham a noite por imersão da escuridão,

Das dores limitadas as proporções que a intensidade aguenta,

Bramidos das vontades ligadas as impulsões sedentas.

Ninguém a viu nada, ou ninguém tem nada acalentada assombração,

De um vulto que perpassa as sombras da divertida recreação;

De uma coisa que pode ser certa ou mesmo errada,

Trópicos dos descansos dormidos as almas estiradas.

Pelas léguas distantes prontas para alegres caminhar,

Daquilo que se pode perder sobre o que tem para ganhar;

Consolos sobre os prantos daquilo que há para chorar,

As folhas verdes das árvores pelas sombras que a fará gerar.

Dos ares a que os ventilados ventos vem soprar,

Do lugar escolhido aconchegante para apaixonado namorar,

Melodias impostas as danças próprias de cada canção,

Embrulhos aproximam casais as custas da favorável dedicação.

As flores ou folhas caídas recaídas pelo chão,

Espalhadas as tralhas ajuntadas a proposta da relação;

A beira de uma pilastra a que namorando devemos encostar,

Por quem está sempre sozinho, ou por quem tem um par.

As encostas das raízes assentáveis como ótimo lugar,

As folhas verdes das árvores as suas cores a encantar.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 31/10/2018
Código do texto: T6491062
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