AMOR PERDIDO

Foi há muito tempo.

Negaste meu cumprimento.

Como a lua que se esconde

Por entre nuvens,

Sorrateira, te desviaste do aceno.

Sem mais nem menos,

Lançaste-me o desprezo,

O desprezível desprezo.

E eu, ainda preso

Ao passado

Corri desesperado

E lancei impropérios a Eros!

Minha alma perguntava sobre as rosas,

Aquelas flores que inebriavam nossas vidas

Murcharam e perderam a fragrância?

A lua cheia não foi capaz

De amenizar tua arrogância

E o jardim encantado onde

A luz do sol vinha todas as manhãs

Beijar as pétalas sedosas

Das rosas, se desfez.

aroldo camelo de melo
Enviado por aroldo camelo de melo em 27/10/2005
Código do texto: T64267