AMOR PERDIDO
Foi há muito tempo.
Negaste meu cumprimento.
Como a lua que se esconde
Por entre nuvens,
Sorrateira, te desviaste do aceno.
Sem mais nem menos,
Lançaste-me o desprezo,
O desprezível desprezo.
E eu, ainda preso
Ao passado
Corri desesperado
E lancei impropérios a Eros!
Minha alma perguntava sobre as rosas,
Aquelas flores que inebriavam nossas vidas
Murcharam e perderam a fragrância?
A lua cheia não foi capaz
De amenizar tua arrogância
E o jardim encantado onde
A luz do sol vinha todas as manhãs
Beijar as pétalas sedosas
Das rosas, se desfez.