Medidas em vinho Porto
"Saber de longe " Poeta!Maior desengano não há;
Pretendes de mim,maior vida,e o que cravas exige
poesia,onde a terra pisoteia lagar,pra dar vinho de campo?!
Agredimos sítios precários,e gerei teu silêncio;Partes,
Me deixas pássaros a pousar,onde se plantam vinhas,
Até moinhos tendem à semente,rodar vento,sua lei desabita!
Rio profundo do profundo rio,não se defende ,te aceita;
Aqui é noite sempre poeta;Noite minha não te pertence,
Calei-te como naufrágo,pela morte de tudo de tuas coisas;
Como a noite desceu em nós,pretendo-te pra sempre,
Em mim grande oceano,marinheiro de nós de rio;!
Assim vou-me,além mar;Te consumo ,te bebo,te aninho, te odeio,
te faço arrimo de alma ,te cuspo,te entardeço,te planto,
te emudeço,te encanto;Sei que cançao só,não te pode abrandar!
Já parto;Sabemos que tudo é vivo;da minha maneira de sorrir levo pouco;
Ninguém apaga nossas faces,e o movimento do retorno,será vil;
O amor passa,o tempo aguarda,mas sementes de sonhos
são eternas;Com a verdade nos ombros darei sempre o mesmo passo,
Sou fêmea,sou poeta;Sou cálida,e tenho pressa;Se é noite ainda
Espero o compasso das horas imutáveis,sou o traço;Chuva tardia,
Dentro do sangue o mesmo engodo,mesma sangria,sou teu espaço!!!