Ressurgimento
(34 anos depois)
Estava recolhendo as migalhas da vida
Despedaçada, abandonada e esquecida
Na vala profunda da solidão
No fundo, abaixo do alçapão
No subterrâneo da depressão
E de uma forma agradavelmente atrevida
Você finalmente ressurgiu
Como num sonho juvenil
E me tirou do poço
E me içou do fosso
De tristeza e dor
Só com seu amor
Do túnel, surgiu uma luz do final
Ficou para trás todo aquele mal
Hoje sinto alegria
Firme esperança numa reconstrução
Que embora tardia
No maltratado e enferrujado coração
Ainda é possível de acontecer
Quando se ama muito, demais
Como eu amo intensamente você
Pois em ti encontrei minha paz
Deixei no fundo do poço o sofrer
Hoje trago comigo o desejo ardente
De tê-la sempre e sempre presente
Nos meus braços, abraços e beijos
E todas as formas, de todos os jeitos
Amá-la na plenitude do belo, inaudito
Que se constrói num sentimento infinito
Conto os minutos e a hora
Queria congelar o agora
No quarto inebriante da paixão
De uma volúpia em profusão
Uma corrente de eletricidade
Os elétrons são minha felicidade
Voltagem
De altíssima tensão
A viagem
Ao mais puro tesão
Queria apalpar todo vento
No sopro deste momento
Para sentir teu frescor
Domar este tornado
Do delicioso pecado
Do intenso Amor
Sonho e vivo mergulhado na ansiedade
Procurando tua presença por toda cidade
Fora do meu campo de visão
Sonho-te desnuda em paixão
Vivo a procurar-te em todos os lugares
No real, fictício ou no imaginário
Dentro e fora de todos meus olhares
Todos os dias do meu calendário
Pois não há nada melhor que se ame
Que se grite, brade, urre ou se clame
Do que você minha amada e doce Liane.
© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
05 de agosto de 2018
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