Amor por Gabriela
             
                 (Dedico com todo coração de menina, ao Poeta Olavo)

Fiz menção de amor,de amor brejeiro,amasiado em calor!
Encantei poema e dei a ela moça-flor Gabriela!
Partiu,sem modos quando vi a jogar poema no chão!!

Sonetos meus,de gavetas empoeirados,mais um mandei,
escolhi e até agua de cheiro banhei,e tracei nome dela,
e debaixo da porta de telhado bom, deixei,de fora maço de jasmins!

Esperei notícia e no meu barraco de zinco,tudo ajustei,
Mesa posta e lampiao liguei,sentei e esperei,resposta!
Vi moça-flor descer de choro de carro de patrão,
preucupado,fiz guizado e levei,com emoção,e evras do quintal!

Coloquei gravata,e como poeta me apresentei,e servi moça-flor,
em prantos que se achegou a mim,mais poesia tirei da gibeira e dei!
Moca-flor Gabriela arrependida do desvelo,me contou,patrão fez filho,e se negou!! Nunca mais a quiz,nem por amizade,tampouco que jurou de amor!

Queimou meu coração ,moça-flor, moço de barba,alinhado a deixou!
Ela em prantos,adormeceu no ombro meu,poeta pouco vale,bem sei,
Tirei-lhe sapatos de brilho e em cama dela de menina a deixei!

Meu coração atrapalhado,mas embriagado do cheiro dela se deu;
Pedi cachaça boa na venda,e absinto de mim escondido levei
a prantear minha dor,e cigarro de palha último enrolei;
Maus versos queimei,me entresteci e chorei dor ,por moça agora de amor!

Acordei,barba raspei,muita ervas de chá apanhei,vesti terno surrado,
coloquei no coração só paixão,água de rio joguei fora orgulho e mágoa;
Bati na porta,assumi moça dos meus amores e filho registrei;
Meu coração se acalmou,pintei barraco de zinco,e mil galhos de Alecrim dei!

Hoje moça-flor,já se sente amada da vida ,e ela colocou noma da filha
na minha canoa que era de partir,todo dia,nunca mais desacatrou!
Mais um filho meu nasceu,moça-flror chorou beira do rio! Poeta sou!!


 
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 19/07/2018
Reeditado em 20/07/2018
Código do texto: T6394712
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