Casarão
O amor é tudo que fica,em dor,e vejo de margens
quem depos de aguar mudas de jacarandá,amadurece arado
e por,ocasião de plantio,trilha boi,sem abismos de cotidiano turvo!
Mulher corre risco de cio ,não der manhãs de agrado;
Surpreende carpir amor,na existência das coisas;
Corre madrugada de trigo,nada elucida para mundo;
Brandura nas raízes surpreende,medida única !
Nos corpos, e na pele lembra ainda doçura e vastidão de leito;
mas parece calor sepultar-se de pedra,calou verso,descansou arado!
Nada sei de chave de baús sorrateiros e seus sonetos empoeirados;
Não sou poeta,rabisco,sou apanhador de estrelas em ponta de pés!
manejo remo em rio silente,mas ainda permaneço,por ti!
Sei bem, fome se alimenta de escrita minha,tudo é poesia,charque,
Nada de poeta sou, já disse,só as melodias que se perdem,
guardo também,baús de sonetos,pra bem mais tarde,só amor!
Baterei,hoje porta,resolvi por ontem,mais calor com cheiro
de mulher ,de medida paga,útero pretende,mas anseio não me dás;
Partirei,meu amor,com hortelãs e cominhos,e regue horta de romãns!
Quero sair em silênio,bilhete não espere,semeei,colhi,perdi;
Vives com mulher da venda,bem sei,não retornaste a mim,e esperei;
Mas vi só pedra de rio,pus saliva no canto,colhi de horta brotos de Alecrim;
Ensalivei manhã pra canto,mas já desço a partir,sem estada ou jornada;
Mudarei sucessiva vida,e não mais ei de me gastar,nada de teu absinto;
Hoje ,nada de café de bule,lenha não parti,referverei toda minha sede!
E agora,meu amor,me dou poeta! Aprendi de frutos que caem;
Doeu em mim ,liberdade,mas me esqueci,não a ti,as estrelas;
Por certo,nada faz oculta ilharga,estarei em plantio de juncos de rio!!!
Rio descendo e espalha sóis,pulsar das noites já as esqueci!
Colho amanhã tomates e cheiro verde,peço a um,que me faça amor;
Sou fêmea a tanto,como dantes de ti;Acordei com cheiro de Alecrim!!!