Amor de sertanejo
(A um poeta que conheci a pouco, Elígio )
(E mais um mimo Norma Aparecida Silveira)
Quando se quer moça-flor, de prendas e chitas,
desistimos,até canoa de descer rio, empreamos de amor ;
Refreamos nostalgia da lua;
O acalanto colocamos a preço
verão do coração é cárcere e tempestade ;
Calmaria ,maestrias de calor;
Suor e calamidaes de alma;Verso turvo
que nos espalha sustento,sem jeito de retorno,
chorando rede e pedaço de poço!Hoje vai prar assim
a calamitar a poesia?!
Sou de beira de rio já disse,foz e nascente,
De juncos de lírios e muita maestria tenho ;
Mas mulher-moça nem quer saber,desagravo faz,
e mesmo sendo apanhador de estrelas,nenhuma delas quiz!
Mando jasmim com abraços e calêndulas,mando flor do campo,
Mas nem assim mulher-flor,nada quer de me me dar amor;
Fiz serenata com violão na madrugada,gravata alinhada;
E me dura só espanto,e de penúria de não tê-la
só esse amargo desencanto,e dor de ela,moça-flor ,
não ter me querido,até um reino daria!!
Mas moça-flor,com cheiro de laranjeira,laços de chita no vestido,
e no cabelo marccelas e hortências,
receberei pouca vida de troco de amor,
em minha entorpecida paixão,sou nada mais,
com desuso me trataste,tentei tudo em vão;:
Moça-flor já desconfio tem lá seu afeto ,preso a alguém;
Vou entao pegar canoa e passar de margem e de tantas mais,
Remo em mãos,olhando mansidão de rio,cabisbaixo
Fico calado,enmuchilei violão,dor de amor rói;
São coisas de amor não quitadas! Coisas do coração ;
Coração,descobri,amor de sertanejo,só rema solidão!!!