BUSCANDO O AMOR MAIOR

Quem não tem mordaça cria seu mundo,

A quem tem o mundo, cabe sua história.

Ando a busca da minha verdade a fundo,

Aspiro que essa procura não seja inglória.

Preciso saber quem sou e aonde devo ir.

Até onde eu conheço, não me valida nada.

Presos a grilhões da insapiência devem rir?

Cala em ti a palavra que não foi falada.

Se eu a buscar estou, a saber, quem tu és,

Despe-te e desse do pedestal, vem e veja,

Somos todos insanos nessa busca a revés,

Daquele que concede quando assim deseja.

Esse mundo não é meu, de ti creio que não,

O espaço que temos, limita o nosso saber,

O pensar para o amor encerra-se no coração.

Sapiência pra quem ama, jamais será morrer.

Se um dia descobrirei, a mim nada fora dito,

Vagarei todo o mundo, no sopro de teu alento.

Para nós encontra-la-emos, além do infinito.

Viveremos, pois, em paz e sem sofrimento.

Rio, 01 de setembro de 2007.

Feitosa dos Santos, A.