Silêncio

Estás só, querido,
Num silêncio sepulcral.
Nem um rádio te faz companhia,

Entra dia, sai dia...
Você imóvel, mumificado.
Vazio, só, só, só.

Nem as paredes respondem
Tuas indagações.

Até os teus pensamentos,
Ecoam no crânio, ressoa, reflete,
Tenta em vão, ouvir algum som.

O vento não agita mais
Os esguios eucaliptos do teu pátio.
Até os teus bichos
Não relincham, não latem.

Tu, o cavalo e cão, com razão,
Com razão, sente falta,
Deste vazio que deixei!


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A Regina Michelon
Enviado por A Regina Michelon em 29/08/2007
Reeditado em 06/11/2018
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