Sobre aquele poema de amor

Sobre aquele poema de amor

Lembro-me agora

que naquele poema de amor

o apressado das paixões

ocultou as essências da flor

e o que brota nos corações

no voo do delirante condor

apressadamente amava

foi o que rimei naquela poesia

sem colher da colmeia o mel

sem a força que a tudo irradia

como um pássaro sem céu

e um perdido na noite vazia

oh quanto tinha a te dizer

sem pressa na rima e no passo

falando da beleza e do olhar

descrevendo o calor de abraço

e tudo que em ti tão belo há

tornando em perfume meu aço.

Rangel Alves da Costa

blograngel-sertao.blogspot.com