Poetisa Virtual

Lá pelas tantas vou teclar com as "santas"

espantar o tédio, inventar assédios

destilar venenos, dedilhar poemas

e quando em paz todo meu ser estiver

vou compor na mente uma cena:

A perfeição em forma de mulher.

Vou pegar o mouse, clicar enter

e que a ninguém nenhum mal eu cause

que não me deixe "na mão" o tal browser.

Adentrarei a sala para rever a Poetisa da Internet.

Vou viajar na sua fala, serei seu marionete.

Mulher fatal que reinventa meu ser e pinta meu sete.

Em alto astral vou despir suas vestes

acariciar seu rosto, corpo, etcétera e tal

e fiel ao meu anjo torto

tascarei um beijo brutal na " Poetisa Virtual".

Após tomar todas, à minha maneira, vou tentar

da Poetisa Maior, conquistar a amizade.

Pensando mil besteiras e segurando uma flor

uma dor fatal me invade

acho que é o AMOR,

ecoa um nome, " Sherazade ".

A Poetisa Maior também se apaixonou.

Finalmente chegou minha vez.

Que droga!!! Meu micro travou!!!

Vou ter de reiniciar outra vez.

Fiquei com a " tecla " na mão

qual " transa " que para no meio.

- Será que era para eu " lamber sabão "

a resposta dela que não veio?

Que bela desilusão!

Nem deu tempo de informar meu e-mail.

Venerável Beda
Enviado por Venerável Beda em 17/02/2018
Reeditado em 19/03/2018
Código do texto: T6256570
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