Depois da flor
Depois da flor
Minha alma de flor e pedra
tão perfumada e entristecida
perante os jardins e os vendavais
da vida que não me pertence mais
eu que amei mil primaveras
em outono me deitei na solidão
como os escurecidos dos quintais
como noites sombrias de temporais
um amor perdido e a vida inteira
tudo perdido num amor partido
sonhos levados na ira de vendavais
e até de viver agora ser incapaz.
Rangel Alves da Costa
blograngel-sertao.blogspot.com