Ao desejo do vento

Ao desejo do vento

Não, não foi dessa vez

que o vento levou

veio um triste outono

mas o amor suportou

por que frágeis estamos

por que delicados vivemos

por que débeis ficamos

por que rúpteis acostumamos

tenho medo que o vento

na sua sanha voraz

leve o que nos sustenta

e já não existamos mais

por que depois do amor

de amar já se mostra incapaz

por que depois do querer

a folha seca ao tempo desfaz.

Rangel Alves da Costa

blograngel-sertao.blogspot.com