A DISTÂNCIA CASTIGA

A distância castiga, mas inspira

Este meu coração que sofre tanto

E embora dê corda à minha lira

A saudade é a causa do meu pranto

Se eu pudesse, ó flor da natureza,

Instalava o meu canto em teu jardim

E ficava bebendo a beleza

Que de ti se desprende, querubim

A distância maltrata e me condena

A viver este canto infinito

A sonhar com teu cheiro, ó verbena

Sem sentir tua voz, sorriso, dito...

Ah, tu não sabes, querida, a aflição

Que é viver bem distante do olhar

Da mais bela das flores – sedução

Com o verso buscando p’ra te amar