ENTREGA


 
 
 
Nossos olhos abertos nada enxergavam.
Entrelaçados os nossos corpos se fundiam.
As luzes ali não se apagavam.
Nossos sangues nas veias se perdiam.
 
Depois dos primeiros beijos, eloquentes e silenciosos.
A razão se distanciou da nossa lucubração.
Roubamos-nos mutuamente, o néctar dos lábios ansiosos.
Não vimos o tempo passar nessa entrega sem restrição.