AMOR VESANO
Solano Brum
Porque te entregas doidamente a mim
E nunca te comoves desse ato insano?
Olha que teu coração já tem um dono...
(É canteiro misto de cravo e de jasmim!)
À noite, a sós, sofro e perco o sono...
Foge-me a razão do bom ou do ruim!
Minha sensatez ao descabido festim,
julga o ato, tão puro quanto profano!
E por ai, vai... Sem saber dizer-te “não”
meu coração, nessa cisterna infernal,
entre amor e pecado, sofre de ilusão!
Sou, o náufrago deste doce oceano,
mas, enfrento - só eu sei -, o vendaval
da inglória trilogia do amor vesano!
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