Brisa da madrugada
Ah, brisa da noite
Que invade e regressa
Que infiltra e desaterra
O sonho bom
Orvalho que a carne refresca
E sufoca a garganta
Quando corta a fresta
Do coração
O vento é misterioso
E desafiador
Quase prateado
Com mensagem de amor
As brisas que o Sol movimenta
Nem sempre carregam dourado calor.
Às vezes, a paixão vem
Mas não vem
Corta
E depois chega os lábios
E assopra de mansinho
Mas essa brisa não se pode agarrar
Voe longe
Brisa da madrugada
E carregue consigo
Que vou amar
E vou amar!