Frágeis plumas

Frágeis plumas

Quem dera que o amor sentido

florescesse sempre em primavera

sem que os outonos que têm persistido

não tornassem todo o desejo em quimera

quem dera se esse imenso amor

não fosse diminuído pela incerteza

e assim tão esvaído em seu esplendor

em resto se deixar levar pela correnteza

e chegam as ventanias e os açoites

e nos atiçam como leves e frágeis plumas

e nos vazios solitários inundamos as noites

e escorremos tristes em canteiros de espumas.

Rangel Alves da Costa

blograngel-sertao.blogspot.com