Condor insaciável
Falar do ardor da cerca que restringe
o sonho do lunático lírio que trabalha
a esperança do tilintar no sorriso moreno
fagueiro da hora derradeira.
Da arte primeira que expressa a aurora
que de pronto corrobora para o sonho
tão pronto se nega, pois, o trabalho adia
o amor se desespera do seu fogo intenso
Que não há lenço que enxugue os lençóis
como enxames aos arrebóis
desatinam a cantar, vitória destemida
o amor a vibrar preenchendo os embaraços
A união das bocas mudas que trocam silêncio
o mel conferindo à cena traços de volúpia
o amor entregue ao deleite
chora a derradeira despedida.