O LAGO AZUL DO TEU OLHO
O meu barquinho ancorei
No quintal da tua casa
O lago azul do teu olho
Efetivamente abrasa
Este meu anseio tolo
Neste meu poema dolo
Que o relógio atrasa
Até na rima pequei
Abrindo e fechando o som
Mas não volto mais ao mar
Viver no solo é tão bom
No teu corpo serpenteio
E este poema sem freio
Fica aguardando o teu dom
O teu coração pesquei
Sob o auspício da lua
Aposentei o meu barco
Que meu poema conflua
Na corrente dessa curva
Querendo na noite turva
Meu verso encontrar-te nua