P A I
Pai...
Já dentro da barriga da mãe
O senhor cuidava de mim
Durante aqueles nove meses
Estava ali do lado da sua companheira
Esperando ansioso a hora da minha chegada.
Chegou a hora do nascimento
Ali estava o Senhor nervoso
Cheio de alegria e sofrimento
Mas muito orgulhoso.
Ao ouvir o primeiro choro deve ter ficado emocionado
Eu não me lembro era uma simples criança
Que chegava ao mundo cheio de esperança
E bem recebido no nosso lar amado.
Nossa família passava muitas dificuldades
Mas o Senhor não mediu esforço e cheio de fé
Soube enfrentar todas as contrariedades
Lidando com valentia na colheita do café.
Não tinha hora para ir dormir, descansar
Honrava seus compromissos com valentia
Levantava se bem cedo sem hesitar
Seu rádio de pilha e moda de viola sua alegria.
Nas pescarias no córrego da fazenda Pararanga
Fisgávamos bagre, cará, traíra e lambari
A tardinha sentávamos na porta da casinha
Escutar o canto do sabia e do Bem Te Vi.
Da falência da lavoura do café
Mudança para outra fazenda e depois cidade
Sempre com garra,amor e muita fé
Viu seus filhos crescidos na verdade.
Mas a vida passa depressa
Quantas aventuras vivemos
Um dia nascemos para o mundo
E num dia vamos embora, morremos.
Pai...Querido pai
Obrigado por tudo que me ensinou
Um dia a doença silenciosamente chegou
E o Senhor foi Chamado para descansar
Pois cumpriu sua missão afinal
E eu tenho que continuar a caminhar
Hoje está do lado de Deus celestial.