SEQUESTRADA

Se em ti meus mais íntimos sonhos hei de enterrar

Não me vale sonhar o sonho de outro alguém

Me resta iludir com as mentiras que vais contar

Me resta pertencer à um lugar que não me convém

Quem apropria de minha alma com "um que" de dono

Quem me rouba de mim e me nomeia sequestrada

Quem me impõe a quietude de um infindável sono

Quem me interrompe a inspiração mais ousada

Prontamente se coloca ao lado do meu cativeiro

Como um guarda ou amante se colocaria

Vi escapar teu lascivo sorriso estreito

Enquanto me consumia a amarga agonia

Desprendo da sensação de pertencimento

Que por dias a fio me fizeste acreditar

Não há provas para teu vil convencimento

Afirmo que essa não seja a forma correta de amar.

FLÁVIA PINHEIRO
Enviado por FLÁVIA PINHEIRO em 10/07/2017
Reeditado em 10/07/2017
Código do texto: T6050810
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