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A Tua Mão
Sou a tua mão e nasci sábia.
Senti o calor do ventre de tua mãe.
Não tenho a sabedoria dos intelectos,
Nem sei escrever.
Meus calos indicam
O quanto conheço da vida,
Eu sou a vida. A labuta. A emoção.
Aprendi com a lida de todo o dia.
Minha escola é a escola da vida.
Sem traços delicados,
O que não aprendi do saber, me faz falta.
Sou mão ávida pelo toque de pele suada,
Do homem de trabalho rude.
Do campo. Da obra.
Mão apaixonada pela mão do homem rude.
Ainda mais calejada.
Sou Regina Michelon