SALMOURA

Esqueci meu coração

no teu

assim feito a lua

esquece-se no céu

e a abelha faz seu mel,

sempre assim, como fosse

a última vez.

Diz-me, meu amor,

que não sou mais

um rês

caminhando ao abate.

Se quiseres,

vou a Marte,

enfrento Vênus semi-nua,

mas não esqueças

que no coração

pulsa a verdade crua:

Invólucro da alma,

tua salmoura

mata minha calma

e me torna

vulcão.

(in SUBLIMAÇÃO, Mottironi Editore, 2016, p. 32 - 33)

Eduardo Jaques
Enviado por Eduardo Jaques em 25/06/2017
Reeditado em 25/06/2017
Código do texto: T6037121
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