SALMOURA
Esqueci meu coração
no teu
assim feito a lua
esquece-se no céu
e a abelha faz seu mel,
sempre assim, como fosse
a última vez.
Diz-me, meu amor,
que não sou mais
um rês
caminhando ao abate.
Se quiseres,
vou a Marte,
enfrento Vênus semi-nua,
mas não esqueças
que no coração
pulsa a verdade crua:
Invólucro da alma,
tua salmoura
mata minha calma
e me torna
vulcão.
(in SUBLIMAÇÃO, Mottironi Editore, 2016, p. 32 - 33)