NA CHEGADA
NA CHEGADA
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Vejo você chegando,
Aos passos trêmulos se aproximando,
Talvez triste, alegre ou comemorando,
Por estradas longas por onde andou,
Caminhos distantes por onde passou,
Pelo tempo que a saudade, à sua hora,
Fez desta hora uma dádiva por estar voltando.
Os assuntos são os mesmos comoventes,
Sobres o que encontrou pelas ruas,
Ao contato com pessoas pessoalmente diferentes.
Endereços de antes, as paradas por seus pontos,
Das placas sinalizando nos postes,
Como instrumentos partes de convívio de uma determinada gente.
As festas lembram as músicas de uma época,
Um meio sorriso, por uma definitiva aceitada,
Por esperas debruçadas nas saturadas sacadas,
Pelo intenso tráfego, as ruas ocupadas,
Se repetindo sempre como uma consolada aguardada.
Uma flor pelo jardim, surge algo ótimo ou de ruim,
Um perfume cintilante de uma flor de jasmim,
Um grito e um silêncio por sua jornada,
Marcas de um amor atônito que nunca teve o seu fim.
Talvez cantando ou talvez chorando,
A dor que cada um carrega como de hora marcada,
Barulhos que vem se aproximando,
Numa flor que enfeita a gelosia de uma janela,
Alegria ou dor se demonstra ao calor,
Incumbido a satisfação da presteza da sua chegada.
Por serem longas estas tuas estradas, como insana jornada.
Na chegada.