ENVELOPE LACRADO

Sentado na minha cadeira preferida,

Escrevo-te estes versos de quimera,

E até que a poesia seja aqui preterida

Dir-te-ei, hoje, o que nunca te dissera.

Dir-te-ei do amor o seu conluio final,

Da vida a sua atitude mais ponderável

E de que tudo que existe é nada afinal

A persistirmos que ela seja racionável.

O amor pertence à alma e ao coração,

É semente que se larga à terra imatura

Para colher mais à frente a informação

Que fará da origem a sua eterna figura.

Só quem nunca amou não sabe da vida,

Por isso, amor, escrevo-te este poema,

Ele é a espoleta que desbrava e envida

A lutar sem desfalecimentos ante o tema.

Jorge Humberto

08/08/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 09/08/2007
Código do texto: T599807