O FRADE E A FREIRA
                                     (As Duas Pedras)

Amiga! Não posso condenar alguém,
Ou piedoso, dar-lhe o meu perdão!
Mas, vem do alto... De muito além,
O julgamento a qualquer cristão!

É fato? É lenda? Vai de mão em mão
Em prosa e verso? - Fundamento tem!
Mas, se o amor supera a profanação,
O Dogma é o Juiz e não olha a quem!

Permanece ali, sob os pés da amada,
- Ajoelhado – Pedindo a Deus o perdão,
Por haver cometido atos aviltados...
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Felizes os que têm a alma apaixonada;
Que subjugam as leis do próprio coração
E se eternizam, mesmo que petrificados!
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Republlicação,

Em homenagem à Cachoeiro do Itapemirim.

Publicada no Site R.L., em 11-03-2016

Em trânsito de Vitória para o Rio, em 28/8/2OO8, à noite, dentro do ônibus, observando a paisagem bucólica, sob um luar intenso, apareceu, como num passe de mágica, as duas pedras, que, para quem não sabe, são chamadas de “O frade e a Freira”, e que ficam, - não precisamente -, na entrada da Cidade de Cachoeiro do Itapemirim- E S. De repente, assustei-me com a enfática pergunta da beata, a qual dividia a poltrona comigo: “E logo comigo!”

“-Você acha que eles tinham o direito a... Foi merecido o castigo?”

Por alguns segundos permaneci calado. E como ela não ouviu a resposta, também se calou. Só Deus sabe A quantos ela já tem perguntado – Pensei. Somente depois que ela dormiu é que pude rabiscar este poema. Assim que ela acordou, li para o poema, mas ela não se pronunciou a respeito. Ou não entendeu ou fingiu não haver entendido o tema. Mas, insistiu na mesma pergunta:
“- Sei de nada não Senhora!” – Respondi-lhe educadamente.
O resto da viagem foi um silencio total entre nós dois até o Rio.
Solano Brum
Enviado por Solano Brum em 19/04/2017
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