CORAÇÕES INIBIDOS
O teu olhar...
Não pode ver o meu;
Teu olhar...
Não pode ver o meu olhar.
O meu procura o teu,
O teu procura o meu,
E ambos se encontram;
Um no sul...
Outro no norte!
Os extremos,
Se encontram,
Se encantam;
E não se tocam!
Como pode...
A chama do sol,
Queimar tanto;
Em grau elevado.
Tão longe...
Somos opostos.
Tão perto...
Somos opostos.
A lua...
Ofusca em frio,
O calor...
Calafrio!
No toque,
No sorriso,
No olhar,
No desejo...
Que comem,
E consomem;
A mulher e o homem!
E o sabor,
Do tempero,
Da comida,
Da delicia,
Na saliva;
Em ambos...
Fica!
E entrelaçam,
No cheiro...
No desejo...
Mas não podem...
Tão perto,
Tão longe;
Tão distantes...
OSIASTE TERTULIANO DE BRITO
23/04/2012
Loanda – Paraná