DIVÃ
Vem cá meu amor,
Coloque sua cabecinha em meu ombro;
Esqueça as agonias do dia-a-dia,
Se quiser chorar... chore!
Chore bastante,
Chore com força;
Não vou reclamar!
Não vou achar ruim!
Venha...
Deite-se no meu peito;
Dê um jeito...
De expulsar esse despeito!
Não precisa se preocupar com sexo,
Outro dia teremos tempo;
Para gente se amar!
Hoje é dia de você desabafar,
Esquecer essa tensão;
Relaxar em meus braços,
Falar... chorar... lamentar!
Pode reclamar sem medo;
Diga o que quiser.
Serei todo ouvido,
Seu psicólogo em segredo!
Estou aqui inteiro para você,
Para o que você quiser.
Aninhe-se em meu peito...
Seu divã de carne!
Estou pronto para te ouvir,
Paciente para escutar seus lamentos.
Tempo para isso?
Muito tempo para você meu amor!
Enquanto conseguirmos ficar acordados,
Pode chorar suas amarguras.
Serei seu calmante,
Para sanar tua ansiedade.
Deixa-me afagar seus cabelos,
Enxugar suas lágrimas,
Acariciar seu rosto,
Massagear seu ego!
Deixa eu te envolver em meus braços,
Num abraço latente.
Tórax do aconchego;
Num carinho envolvente.
Esqueça a vida lá fora,
Vamos viver o aqui.
Respirar livremente,
E o mundo que se exploda!
Depois que isso passar,
Podemos nos amar.
Por enquanto...
Deixa-me ser o seu divã!
Não se preocupe meu amor...
Outro dia...
A gente pode se amar!
OSIASTE TERTULIANO DE BRITO
20/02/2014
Loanda – Paraná