A doce rosa
Poderia falar de tudo,
de minha alma procrastinada
que se deleita nos livros
de vãos momentos.
Quem sabe algum dia de uma espera
maldita, que encerra um beijo.
da chama ardente que faísca
nos olhos!
mas, não! prefiro falar-te da rosa!
da angústia de não saber voltar,
do medo de viver
ou da emoção que grita na pulsação.
da rosa atirada ao vento
que perde suas pétalas
a cada estalo de vida.
das bocas que se cruzam.
O tempo perde suas matizes
em paralelos momentos de sanidade.
Assim, me resta pouco
e uma vida inteira pela frente.