SILHUETAS DE TI
No meu silêncio transfigurado,
Assim como um navio
Que passa pela noite,
Fora do alcance da voz,
Sou teu escudo invisível
E em noites taciturnas,
Entre sândalos de bem-me-quer,
Faço silhuetas de ti
Visualizando tua imagem
E teus segredos de mulher.
Os meus olhos lacrimejam
E as lágrimas escorrem em pétalas
Na quietude que me afaga a alma
Como se fosse a última página
Que escrevo no livro da memória
Odes de amor perfeito,
Mas só me restam os versos que fiz
Buscando teus olhos inquietos
No meu viver carmesim.