A mão que quer
Meu olhar,
teu rosto,
e o sangue se mistura.
Longe e perto,
um mar de ondas mansas,
mornas.
O desafio.
Longe, o frio.
Perto, o cio.
Um halo de euforia.
A manhã dizia,
a tarde ouvia,
a noite sentia.
Um jardim no céu.
Tudo deslizava mãos atadas,
madrugadas,
e Deus que tudo acompanha.
Essa placidez agitada,
guarda tudo que se impõe.
As palavras,
o silêncio,
o quase perfeito entre nós.
Hálitos e suores,
a mão que quer.
O rastro e as luzes,
o sonho,
o rumo,
o corpo
hirto.
A chama do archote
vence o vento.
O semelhante,
o íntimo.
Não há como perder o caminho.
Declínio?
Longe uma pomba
zomba.
Estar nessa luz,
ser.