Eterno Amor

Tatuada no peito

Cravada no coração,

Levando em pensamentos

A febre da paixão

A todo instante

Em cada sopro

A cada momento

Em cada vão

No olhar,

Na memória,

Na esperança,

Ou na glória.

Na lágrima,

No sorriso,

No abandono,

Ou no suspiro

Nas mãos,

Ou no colo.

Te quero,

Te adoro,

Te espero

E imploro

És dor

E ardor.

És amor,

O que for

No tempo,

Na relva,

No orvalho,

Ou no vento

No odor,

No toque,

No calor,

Neste mote

És tudo que importa.

És toda minha sorte.

Num grito

Se transforma

Minha vida

Minha morte

Te quero,

Te desejo,

Te venero,

Te espero.

Sou culpado e vassalo

De sentimento preclaro

Que de medo,

Sem culpa,

Me confesso,

Me escusa.

Soberana criatura,

Minha rainha,

Minha musa,

Aceite, recusa,

Rejeite, repulsa,

Pretensa reclusa.

A incrível certeza

De tua nobreza.

És flor, és bela,

Indolente, serena,

Aguda, pequena,

Augusta singela.

De amor

Tão sofrido,

Resgatado,

Regido,

Sagrado, proibido,

Um amor tão vivo

Quanto mais for vivido.

De que amor

Contrito,

És amor perdido,

Tanto quanto sabido.

De tanto amor sentido,

Mais ainda preciso.

Inebriado,

Calado,

Traduzido,

Esculpido,

Me tens

Corrido.

Como folha

Trazido.

Em teus olhos

Dormido.

Em seus braços

Caído.

Me deixas,

Me levas,

Transporta,

Me ergas,

Suporte e nutre,

Macia e quente,

Urbana e selva,

Ar e mar,

Fogo e terra,

Éter eterna,

Do beijo sem fim

A alegria transborda

Suplico: vem, volta

És tudo pra mim.

M P Cândido
Enviado por M P Cândido em 24/06/2016
Reeditado em 12/06/2019
Código do texto: T5677216
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