Observando as furnas do tempo perscrutando
Os segredos da vida, às vezes descalça sentindo
O calor da terra, aspirando o cheiro do mato, vou 
A meditar, pelo caminho, beijando flores, colhendo
Frutos, alçando voos, com os passarinhos no bailar 
Dos galhos, eu menina, adejando com o vento nas 
Entrelinha do tempo, a deixar no espaço, vestígios da 
Minha alma, num voo i
maginário, onde fico à parte
Daquilo que às  vezes penso que sou, a observar o
Meu viandar, muitas vezes a esmo e sem perspectiva 
Por um lugar que nunca pensei, andar assim, absorta e
Soturna a procurar-te onde você nunca está mergulhando
no vão no tempo, caindo no vácuo agarrando-me ao
Nada, em me saber, por viver com meus pensamentos,
Sempre envoltos em você. Deito meu pensar em meus
Braços acalentando os tumultos que você, causou em 
Meus pensamentos... E em meio à natureza, entre 
As matas, por ando agora a refletir e a pensar em nós, 
Deito-me um pouco para melhor sentir o aroma silvestre, 
O ruído da mata, o canto dos pássaros, a musica do 
Vento sobre as folhas e acariciando minha pele, tudo isso
Faz-me sentir em meu próprio habitat, natural, acabo 
Adormecendo, mas levando comigo a esperança de que
Em breve voce estará comigo, para juntos andarmos
Pelos campos, floridos respirando o mesmo as mesmas 
Cisas... Ah! Meu amor como te desejo que um dia estejas 
Ao meu lado. Sinto-te, quase posso te tocar, ouça a vós do Meu coração, oh! Portas do destino, destrava esses ferrolhos
Abra esse bendito, caminho e deixa o meu amor passar...
Pois é por ele que eu tanto peregrino em dor de solidão

                        Kainha Brito