ESPERA

Esperava-me?

Há quanto tempo?

Há quantas eras?

Desde que sonhos,

quase esquecidos,

nas brumas espessas

das lembranças remotas?

Será que ainda lembras

das noites de plenilúnio,

quando passeávamos

pelos subúrbios da galáxia,

eu recolhendo estrelas,

para enfeitar teus cabelos?

Depois, eu, abusado,

mergulhava em teus cintilantes

véus de poeira cósmica,

desvendando teus mistérios,

rompendo os limites da banalidade

e do espaço-tempo,

extasiados de tanto amar.

- por JL Semeador de Poesias, concluído em 02/05/2015 -