Ambiguidades
Tua carne nua
Tua alma repleta de trajes
Tua boca muda
Compõe minha estrofe
Tuas unhas afiadas
Arranham a derme
Tuas palavras ferinas
Rasgam o âmago
A quentura do teu corpo
Derrete-me
A frieza do teu ser
Me congela
A clareza dos teus desejos pagãos
Confudem-me pelos teus olhos nublados
Tua força física tão aparente
Teus medos tão secretos
És fragilidade e abandono
És corpo em êxtase
Alma em total desalento
Luxúria em cada poro