Nossa noite
Minhas mãos acariciam teu rosto
Descem em teu corpo
Sentindo cada parte,
lentamente,
levemente,
Loucamente.
Um toque com gosto de último,
De único,
O mais denso.
As bocas não resistem,
Se colam ,
se mordem.
Enquanto as mãos,
Elas descem....
Passando por lugares onde o arrepio ganha forma
e explode em delírio.
Eu em você,
unindo-se tão fortemente,
Como se quiséssemos virar um só,
Ouvem-se os gemidos abafados,
quase mudos.
A respiração ofegante,
Soprando em meu ouvido
O que palavra alguma poderia dizer.
E as mãos,
Estas descem...
Os olhos fecham,
gritam,
viram...
As pernas tremem,
temem,
firmes...
Nosso céu é o luar,
As paredes,
Nosso mar.
E a cada beijo,
cada arrepio,
todo o desejo,
Faz deste amor,
Sempre o primeiro.
E sabe as mãos?
Já desceram...