O amor se faz

O que a água molha,

O vento seca.

Debaixo e acima

Dos meus pés.

E no soalho, fica o cheiro de mofo.

Piso descalço

E o fedor se entranha,

Não para sempre.

Ela chega

E me traz,

Um domingo de afetos

Aí, o amor se faz

E aflora, cada vez mais.

Agora,

A palavra tem rosto e sorri.

Brada em mim

O urro da vida,

O trepidar do tempo,

O poema.

E reencontro

O tudo perdido.

Fica-me longe

O desespero

Do SÓ.