Roseira Nina.
Há três anos quando vim morar fora
Minha mãe plantou no jardim uma nova flora
Eram três roseiras de grande beleza e ecletismo
Sendo a Laranja a de minha cor de favoritismo
Passaram juntas pela luz do Sol e luares de breu
Mas não se sabe bem o que transcorreu
Pois destinos diferentes Deus as deu
A vermelha brotou duas vezes e deu adeus à vida
A de cor rosa é de produção controvertida
Já a laranja com oponência se estabeleceu
E pelo meu apelido Nina, Mainha a nomeou e de grandes cuidados a encheu
A roseira Nina se comporta curiosamente
Ela se liga a mim de forma até contundente
Quando estou perto de voltar para casa ela pressente
E se abre para gente como um presente
A danada também aparece em situações especiais
Quando estou feliz ou recebo algo da vida a mais
Ela se multiplica e até parece sorrir
E Mainha já me liga esperando uma novidade conferir
Em resumo só queria dizer
Que pode ser coincidência ou magia a acontecer
Mas o que nessa história alegra o meu viver
É o amor que uma mãe e uma filha podem ter
E o poder de uma rosa dessa cumplicidade absorver.