Tu te tornas eternamente... Sabiá
Canta, ó Amor, já que me trouxestes
Meu Sabiá, que me trouxe flores, agrestes.
Todos os dias, rosas a cantarem,
Pássaros, mais são Sabiás, a desabrocharem.
Ido, tido, contido,
Em meio ao jogo, chegado e ido,
Desabrocham os Sabiás.
Canta minha rosa, mais
Parece rouxinol.
Sol,
Seria rouxinol, minha rosa?
Pouco importa.
Em meio a todas as flores,
A todas as formas, agrestes,
Em meio a tudo o que há,
Ouço desabrochado o canto do Sabiá.
“Sabia que o Menino que te visita,
Somente (mente) te quer, conquista?”
Canta.
Sabia, Sabiá:
Amo tanto, que chego a cantar?
Sabia, Sabiá:
Que é sabido amar?
Em meio ao pranto,
Por ti, meu amor, me encanto.