Numa noite dessas
No silêncio de uma noite,
falo ao teu peito em chamas,
quão deserto o destino de quem
ama um peito quente de um homem.
Quem sonha com abraço mudo das
estrelas e o afago das árvores silvestres
e das serpentes
e dos outros animais.
Que fala no canto da alma,
pelo desejo da carne dos gritos
inefáveis de um ninho de amor,
lembra-se de imensidão do paraíso.
Quanto em sorriso bastava,
e nesse potinho do céu
onde cabem milhões de galáxias e via láctea
quem somos nós dois?