Diva
Você é a flor mais apagada
exalando o perfume mais doce
É beleza mais suave,
Num jardim de pedras no deserto.
O mundo está inteiro!
Até sua chegada,
Quando passas pela porta
O chão de palha amarrota,
Evaporando como chuva de verão.
Não sei o que sinto.
Não te desejo.
Mas de minha cabeça sua imagem não sai.
Minha mente quer sentir repulsa
Pela sua majestosa estupidez
E minha sanidade condena toda
esta insegurança.
Amar ou odiar?
O que é amar? Odiar até quando?
Tudo se esfarela quando olho no fundo
castanho de seus olhos negros.
E todos percebem, o mundo percebe,
Não sou imune à sua doentia radiação.
Sinto-me Nu! Exposto em paredes de ar,
Que adentram meus medos e explodem em dúvidas.
A tua presença é labirinto do meu gostar.
Tua sutileza assemelha-se a um jardim de cactos.
E deitar-me em sua trama.
Me torna insolente, fraco!
Significa matar tudo que um dia
Acreditei estar vivo...
É dar vida a tudo que julguei inerte.
É louco! O nascer do humano insano.
Ou correr, ou esconder,
Ou adentrar o parecer impenetrável.
Descobrir em rochas o brilho de uma estrela.
Extrair do mármore o tesouro mais cintilante.