Sr. Amor
Às vezes damos muita seriedade ao amor,
Colocamos em seu corpo um terno preto bem chato,
Com uma careta gravata cinza com listras também cinzas.
Coitado do amor ,
Não consegue nem mostrar sua vermelha e brilhante pele,
Encoberto por toda esta tralha que obrigam-no a usar.
Agora resolveram por uma cela no coitado,
E acordá-lo com despertador,
Decidindo a hora e com quem ele deve florescer...
Ingênuos aqueles que acham
Que ele se prestará a este papel barato.
O que seria do amor se não fosse a surpresa,
O aperto no peito,
A perna bamba,
E sem aquele horrível medo da rejeição?
Me diga o que seria?
"Seria bom!Bom demais!"
MAS NÃO SERIA AMOR,
Talvez um sentimento qualquer que cresce até em terra infértil.
Quando se ama,a coragem e a força
se escondem atrás do medo de não ser correspondido.