INDECISÃO DE AMOR

Um xis nas certezas
Equação inacabada
Indeciso em seguir
Um rumo, uma estrada
No vagão do tempo,
Sem ser clandestino
Devo ou não partir?
Orientar meu tino...

Hipnose de luz,
Ofuscante momento
No escuro de algo
(preciso ficar atento)
Que me cale a busca:
(sem emudecer o peito)
Ao fim do túnel, cavalgo?
(indeciso paro, sem jeito...)


Se parado estou
(preciso sair desta inércia)
Sufoca-me a angústia
(de tua ausência, Natércia!)
Devo ou não caminhar?
(ir ao teu encontro depois de tudo...)
O amor me trás dúvida,
(Silencio! Fico mudo!)

Gilnei Nepomuceno
Denise Severgnini