OS NOSSOS DESEJOS

 
 
 
 
Desejávamos mutuamente. Éramos como uma simbiose.
Ao levantarmos seguíamos juntos ao banho.
Fazíamos o desjejum praticamente um colado ao outro,
Ao nos vestir imediatamente vinha o desejo de ficar.
Ali mesmo tudo começava. A entrega era alucinante.
Só parávamos depois de satisfeitos e muito exaustos.
Os nossos desejos carnais já não tinham mais limites.
Nesse ritmo destemperado vivíamos dos nossos gozos.
Ah! Como aqueles momentos me fazem tanta falta agora.
Como será que ela está depois de tudo o que vivemos?
Ah! Ingrato tempo que não passa e que só explora
Deixando-nos assim na secura, se ela tanto implora.