Foto: Feitosa dos Santos
Sonho de verão (Poema)
 
Deitar em teus braços! Adoraria,
Não à tarde, noite, apenas dia,
Amor e paixão não se medem:
Num espaço e nem no tempo,
Vive-se mesmo quando fugidia.
 
Ver no céu azul, brancas nuvens,
Sentir a brisa acariciar o rosto,
Ver o sol, após a lua, as estrelas,
Meus olhos e os teus, irão vê-las,
Para não chorarem de desgosto.
 
Teu sorriso alumia minha mente,
O perfume? Das flores da acácia.
Das palavras pensadas, não ditas,
Na mente?  Fervilham em falácia,
No arquivo do cérebro transcritas.
 
A lua se vai, as estrelas apagam,
Vem vindo a aurora, o dia voltou,
O sol rasga o céu, alumia a terra,
A mente difusa, ainda em guerra,
O sono encerra, o sonho acabou.
 
Rio 28/04/2015
Feitosa dos Santos