Esperança
Quer deixar eu tocar meus lábios nos teus lábios, em silencios...?
Assim como uma coisa impossível, como o desfazer de um adeus, de uma morte... Quer deixar falem os hálitos enfraquecidos por uma separação de eterna finitude...?
E fazer, com isso, surgir a vida em flores, folhas, pássaros, luz, verdes, nos coraçoes arrasados por escombros sem fim...?
Quer deixar se aproximar minha alma de tua alma pelos caminhos escuros abertos pelos lábios que se tocam...?
E assim, talvez, haja algum encontro entre os seres que se perderam um do outro para sempre.