O acaso de uma manhã
Da cozinha, o hortelã,
a xícara, manhã preguiçosa,
lá fora, o sol. Aqui, a maçã,
nossa preguiça em fúria ciosa...
De nossa vontade de ficar;
Das persianas fechadas;
Dos nossos olhos a fitar.
Vontades sendo saciadas.
De coisas tão incertas;
Dos convites esquecidos;
Desses acasos cumpridos,
De tuas pernas...
Meus parafusos soltos
falam daquelas loucuras
que só podemos se loucos,
só podemos nessas misturas.
Só nós dois nos damos;
Só nós dois nos perdemos
e mesmo assim, vamos.
Um dia, aonde, saberemos.